- É a vontade de Deus...
É inacreditável, mas essa ainda é a explicação que muita gente dá para fatos da vida. Aliás, abrangendo mais a temática da discussão, para encobrir a incapacidade ou mesmo preguiça que se tem em explicar as coisas, creditam-se as respostas a seres inaturais, muitas vezes frutos de criação e imaginações do próprio ser humano.
Ora, então o que fazer? Admitir a ignorância? Sim! A milhares de anos já se propagava que "a ignorância é o princípio da sabedoria". Nós, como seres humanos, temos a curiosidade como característica natural. Para todos os questionamentos queremos respostas, mas jamais podemos admitir que estas mesmas respostas se apresentem de forma tão vaga quanto a que denota vontade sobrenatural.
Na vida, tudo tem explicação, e por mais que ainda não possamos explicar tudo, há certos fatos que são mais do que óbvios, e creditá-los a divindades pode até mesmo fazer que sejam suscitadas dúvidas sobre a inteligência de quem assim o faz. Bom exemplo é quando alguém perde sua vida de forma trágica. É até uma crueldade afirmar que foi feita a vontade de, por exemplo, Deus. Ninguém, em sã consciência, deseja morrer de forma trágica. Sendo assim, que Deus bondoso e amoroso é esse que assim permite que uma pessoa perca sua vida? Não seria muito mais interessante dar culpa aos culpados? Por exemplo, se foi assassinato, a culpa é do assassino. Se foi acidente de trânsito, há de se fazer perícia pra descobrir de onde partiu o erro fatal, enfim. Usar como explicação para um fato uma atitude partida do sobrenatural é a pior forma de se encerrar um caso.
E para quem espera algo de bom e maravilhoso em sua vida, a dica é só uma: corra atrás. Não espere que vá sair do céu uma super "mãozona", tocar levemente em sua cabeça e "pimba", porque a probabilidade disso acontecer é praticamente nula. Sim, praticamente, não totalmente, porque seria muita arrogância afirmar convictamente que deuses simplesmente não existem. Como também provar essa negativa?
Bom, enquanto a prova da existência sai ou não, prefiro me inspirar naquela placa de orientação de trânsito cujo seu significado diz que na dúvida não se deve ultrapassar. Na dúvida, prefiro não acreditar, e acredite, isso nunca fez diferença na minha vida, nunca me fez ser melhor tampouco pior. Tenho minhas alegrias e minhas tristezas, e estou propenso a qualquer fato que possa ocorrer com quem crê ou não. Enfim, sou como qualquer "filho de deus".
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