Como seria se Bolsonaro fosse Presidente?

     Com uma popularidade natural em alta, mesmo enfrentando uma dura e injustificada oposição da mídia paga e de ilegítimos grupos sociais, o Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, Jair Messias Bolsonaro, é, atualmente uma das figuras mais respeitadas no meio político. Apesar de um passado pouco controverso, Bolsonaro goza de profunda admiração popular por, principalmente, não ter sua imagem associada à corrupção e por desafiar políticas conhecidas como "politicamente correto", ou seja, políticas e ações sociais em sua maioria danosas mas que se travestem como ideais.

       Pra quem ainda acha que é brincadeira, o Deputado tem sido constantemente requisitado para palestras, eventos, reuniões, entre outros tipos de movimentações políticas, e sua recepção nos lugares que visita é sempre a de um verdadeiro pop-star, e o mais incrível é que, em uma terra de Maria-vai-com-as-outras como o Brasil, a presença e admiração da população tem se mostrado algo natural: as pessoas adoram, acreditam e vão de encontro ao seu líder, algo comparado somente ao período de "encanto" da população com o ex-Presidente Lula.

       Por conta de sua popularidade, e até mesmo de seu ineditismo (pelo menos midiático), Bolsonaro já vem, a algum tempo, sendo cotado até mesmo para ocupar o cargo maior do Poder Executivo brasileiro: a Presidência da República. Considerando a seriedade do tema e as reais possibilidades, como seria um Brasil tendo Bolsonaro como presidente? Pois bem, procurarei traçar aqui uma perspectiva do que seria basicamente esse momento, baseado nas ações do candidato, ideologias,  considerando os fatores culturais nacionais e até mesmo uma possível "debandada" pós-eleição, assim como fez o Partido dos Trabalhadores, partido este que um dia já foi até o paladino da moral no Brasil (quem viveu política nos anos 80 e 90 sabe do que falo, e não poderá negar). Mas isso será um assunto a ser aprofundado posteriormente. Por enquanto, a pegunta que não quer calar é: e se Bolsonaro fosse Presidente?

       De imediato, a mera eleição de Bolsonaro já provocaria no país profundas mudanças culturais, e eu não falo de machismo, homofobia, nada disso, até porque essas são questões que o próprio Bolsonaro já superou. É um assunto que será sim explorado contra ele no pleito, mas que desde já Bolsonaro tem abandonado posições que afrontem diretamente algumas liberdades individuais, como o homossexualismo (inclusive, vários homossexuais já declaram desde já voto aberto a Bolsonaro).  As mudanças culturais de que trato terão, a meu ver, impactos muito mais importantes em nossa sociedade, como principalmente as ações que dizem respeito á paz social que tanto buscamos, e este é um tema tão importante que será tratado em destaque nos próximos parágrafos. Vamos?!

A PAZ SOCIAL QUE BOLSONARO NOS TRARÁ

       Quando se fala em "paz social", a primeira coisa que nos vem á mente é uma sociedade livre de guerras, a exemplo a guerra civil que vivemos, cujo número anual de vítimas ultrapassa com folga até mesmo países declaradamente em guerra como Iraque e Afeganistão. Até o momento, Bolsonaro é o único político em destaque ao qual podemos confiar nossas esperanças para reverter este quadro terrível.

       De início, a eleição do Deputado à Presidência provocaria uma espécie de "onda" em favor de uma causa. Foi assim na eleição de Lula, ao qual criou-se à época uma grande cultura de combate á fome. No caso de Bolsonaro, essa onda virá, primeiro, na VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS DE BEM, pessoas que vivem de forma ordeira em nossa sociedade. Se Rui Barbosa lamentava sobre a vergonha de ser honesto, com Bolsonaro poderemos nos orgulhar dessa qualidade, e a expectativa é até que ela seja supervalorizada. Pessoas de bem ocuparão, seguramente, elevado grau de status em nossa sociedade.
     
       Acompanhada da valorização das boas pessoas, as que se opuserem à nossa paz, inevitavelmente, sofrerão forte segregação. Em resumo, a situação de bandidos e quaisquer outros tipos de criminosos tendem a piorar muito. Ao assumir o comando, Bolsonaro deverá honrar com suas promessas de campanha, e nem preciso dizer qual será a principal (punição severa a criminosos). Para ele será fácil, pois, ao se consagrar eleito, quem ousou lhe atacar irá, em sua maioria, se render, e Bolsonaro é figura política que de certo não costuma guardar mágoas, garantindo-lhe ampla maioria no Congresso Nacional. E os bandidos que se preparem, pois serão sempre atirados à cova dos leões sempre que Bolsonaro precisar agradar a população, no caso de possíveis picos de insatisfação popular.

       Em se tratando de medidas efetivas, é quase certo que em um governo Bolsonaro teremos:

 - Facilitação do porte de armas, e até da posse (uso na rua), o que não precisará ser motivo de preocupações, pois dificilmente alguém vai querer fazer uso irregular delas, sabendo das severas punições;

EXPLOSÃO ECONÔMICA

       Por conta da mudança cultural das pessoas, hoje sob as idéias de regimes de esquerda que condenam o trabalho e o lucro, para o capitalismo de produção e consumo, a tendência é a de que o Brasil viverá algo que se assemelhará à cultura populacional de gastos de países como os Estado Unidos. Brasileiro adora gastar, só não tem dinheiro... some-se aí a pessoas e empresas tendo menores prejuízos em gastos com a violência, e por conta da tranquilidade e da valorização do trabalho, profissionais liberais e empresas poderão operar por horários estendidos. Será comum, por exemplo, ver empresas que operam predominantemente ao dia (revendas de carros, por exemplo), invadirem a noite com suas atividades.

       Por conta das mudanças na cultura econômica, é esperado, enfim, que nosso país passe a valorizar realmente o empreendedorismo, com a preferência das pessoas a quem está no começo, ou ainda é pequeno, por achar "lindo e moral" ver alguém trabalhando.

COMBATE À VIOLÊNCIA NO TRÁFICO DE DROGAS, NÃO AO TRÁFICO EM SÍ

       Embora Bolsonaro ainda se declare contra entorpecentes, a tendência é que, em seu novo viés liberal, no entendimento de quem faz uso, passe a tolerar o consumo de substâncias hoje ilícitas. Com a regulamentação das drogas, a tendência é que o tráfico se transforme apenas em "comércio irregular", dificilmente passível de prisão. A grande guerra de Bolsonaro será contra toda a violência e horror que o atual tráfico provoca, e com isso já podemos contar desde o início de seu mandato, com o exército subindo os morros no combate a assassinos cruéis que usam o tráfico como sustento.

       Outra medida tão eficaz quanto, no combate ao tráfico de drogas, se dará pela maior vigilância nas fronteiras, principalmente as que nos ligam a narco-nações como Bolívia, Venezuela e Colômbia. Sem o apoio que hoje é dado pelo PT, a tendência seria uma bruta redução na circulação destes entorpecentes no país, forçando boa parte da população a abandonar o vício, ou partir pra legalidade, utilizando apenas de forma recreativa.

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM...

       Geralmente, governos de primeiro mandato tendem a ser bons. Ninguém pode negar que tivemos tempos áureos nos primeiros mandatos de FHC, Lula (principalmente) e até da tão odiada Dilma. Com Bolsonaro não seria diferente. Toda essa ruptura com o modo atual de governar no início irá nos soar muito bem, tanto quanto os impactos iniciais. Porém, Bolsonaro poderá cometer o mesmo erro de Lula no sentido de se confiar demais em sua popularidade, ou mesmo virar o jogo contra nós, como fez o próprio Lula (e que ninguém esperava).

       Para quem ainda não entendeu, a comparação política entre Lula e Bolsonaro é perfeitamente válida, haja visto que o segundo segue praticamente os mesmos passos hora transpassados pelo ex-Presidente: Ambos começaram representando uma classe, sendo que muita gente se interessou por este trabalho e quis ser representada também. Assim como Lula já foi, Bolsonaro hoje é, ainda, ser defenestrado pela imprensa e por boa parcela da população, em um quadro que vem paulatinamente se revertendo. Muita gente também duvidava de seus projetos, desconfiança que foi, aos poucos, sendo superada.

       Antes "radical" em torno de suas idéias e ideologias, o ex-presidente Lula, em determinado momento, se viu obrigado a recuar ou mesmo retroceder de seus ideais após sucessivas derrotas em eleições presidenciais, e Bolsonaro já decidiu que esse tempo não quer perder: antes um homem declaradamente homofóbico, eis que agora o candidato tem "se abrido" cada vez mais ao público homossexual, conquistando a simpatia e até mesmo liderança de boa parcela dessa sociedade específica, sendo até fácil encontrar gente desse público que já declara simpatia e até voto aberto ao Deputado.

OS PASSOS NO RUMO DA VITÓRIA

       Atualmente, os passos de Bolsonaro têm sido parecidos aos de Lula antes de sua primeira eleição: viajar pelo país, angariando cada vez mais popularidade. Se Bolsonaro não se cuidar, é bem provável que isso, no futuro, seja plenamente entendido pela Justiça como campanha antecipada, impedindo uma futura candidatura.

       Um pecado inevitável que Lula também foi obrigado a cometer, se diz respeito às alianças. Assim como Lula, que vendeu a alma ao Diabo quando, de forma inimaginável, se juntou a figuras nefastas como Sarney e Collor (ao qual sempre tiveram embates), Bolsonaro também tem se vido obrigado se juntar a seres de comportamento questionável, e mesmo reprovável, como os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano. Não estranhem se algum dia o virem aliado a políticos como Aécio Neves (em quem Bolsonaro tentou "colar" nas últimas eleições), Renan Calheiros e até mesmo o próprio Collor. É justificativa será sempre a mesma: faz parte do jogo político, com a ressalva de que a própria população será responsabilizada pela reeleição destes indivíduos danosos (o que não deixaria de ser verdade.

       Outro fato preocupante são as constantes associações entre Bolsonaro e a Direita Política (ao qual o próprio se declara), preocupante ao ponto que a Direita é um regime excludente. Enquanto que na Esquerda somos mera massas de manobra pagos com migalhas, na Direita nem isso somos, e pra quem já está na pior, a tendência é a de que piore mais ainda, com a previsão de cortes e até exclusão de programas sociais mesmo que já consolidados, como o Bolsa Família.

NOTA DO AUTOR

       A quem leu este artigo, o compreendendo ou não, peço apenas um favor: não me julgue a termos perjorativos, tais quais "coxinha", "petista", etc. NÃO sigo linhas políticas, (não sou Direita, Esquerda, Liberal, enfim, embora admita que delas tento extrair o melhor e segregar o pior). Fiz o possível para ser o mais neutro possível, mas sei que, infelizmente, é impossível agradar a todos! E a quem interessar possa, admito ser militante declarado pró-Bolsonaro, por ainda acreditar que suas qualidades superam, e muito, seus defeitos, e por pensar que, acima de tudo, no Brasil, infelizmente, em Política a nossa opção deva ser sempre pelos menos piores e isso não vai mudar. Pelo menos tão cedo.

Nas comemorações dos 50 anos da defesa do Brasil contra o Regime Comunista, tentei "tietar" Bolsonaro, mas foi ele quem me tietou, sempre muito simpático, literalmente puxou meu braço e disse: " - Vem cá, rapá, tá com vergonha?" Eu sempre rio,só em lembrar