Quem ainda ousaria bancar o herói no Brasil?

 - 1964: Militares assumem o Poder, nos livrando de uma perigosa implantação do Comunismo em curso, em um Regime que durou exatos 20 anos, findado pelos próprios militares. Nos 30 anos que se sucederam pela Democracia, foram demonizados e execrados pela mesma Democracia, somente agora tendo voz e tendo reconhecido a importância de seus atos (principalmente por intermédio do Deputado Federal Jair Messias Bolsonaro​ )

 - 1992: Menos de 10 anos depois de findado o Período Militar, o Brasil sacolejava por conta de duas administrações corruptas e irresponsáveis sob o comando do maranhense José Sarney e do alagoano Collor de Mello, tendo este último seu mandato interrompido via impeachment, acatado e conduzido principalmente pela figura do ex-Deputado Federal e Presidente da Câmara à época, Sr. Ibsen Pinheiro, que por conta deste ato viu sua carreira política ruir, sendo inclusive cassado. 24 anos depois, a história parece se repetir...

       No final da tarde de 02/12/2015, eis que o à época presidente da Câmara dos Deputados​ do Brasil, Sr. Eduardo Cosentino da Cunha, ou simplesmente Eduardo Cunha​ resolve acolher o pedido de Impeachment da ex-Presidente da República, Dilma Rousseff, elaborado com louvor pelos renomados juristas Hélio Bicudo (um dos fundadores do PT, partido de Dilma) e Janaína Paschoal (Advogada e Professora da USP - Universidade de São Paulo - uma das mais renomadas e concorridas do país). Um ato heróico, mas que nem mesmo Cunha poderia imaginar o quanto lhe custaria caro...

       Desde seu corajoso rompimento com o PT, meses antes do acolhimento do impeachment, Eduardo Cunha já vinha sofrendo constantes perseguições de suas oposições, em principal da mídia aliada do Governo sob o custo da pesada carga tributária arcada pela população. Ataques constantes à sua honra, de sua família, de sua carreira política, ataques que muito fragilizaram Cunha, principalmente no apoio e respeito popular, mas o estopim mesmo veio no início de Maio/16 com o afastamento de Cunha do mandato por ordem do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki (conduzido à vaga pela própria Dilma Rousseff em 2012) em uma decisão escandalosamente duvidosa elaborada com a ajuda do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot (também indicado por Dilma). 

       Em todos esses casos, assim como os militares e Ibsen Pinheiro, Eduardo Cunha foi abandonado pela população e seus pares a quem tanto serviu, estando praticamente solitário e jogado á própria sorte. Diante dessa situação, da próxima vez que o país precisar de um herói, ou ao menos de um mero ato heróico, tenho certeza de que raros serão os que se atreverão, afinal, quem é louco/ingênuo/idiota o bastante para ajudar a quem depois lhe dará uma rasteira? Quem sabe um dia o brasileiro deixe de ser tão "filho-da-puta", mas por enquanto... melhor não arriscar! E o povo?... O povo que se dane!


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