Quando se propõem soluções para o caos vivido quase que diariamente pelo sistema viário não só do Brasil, mas do mundo, em principal nas grandes cidades, é quase unanimidade que a melhoria nos sistemas de transporte coletivo seja apresentada como principal solução. Quase, porque ao menos eu não concordo.
A partir do ponto em que se busca incentivar que a população abdique de um meio, uso, costume, ou o que for, é preciso junto a isso se apresentar uma solução ou alternativa comparável e plausível. Em se tratando do uso de veículos particulares, é errôneo focar sua troca apenas pelo transporte coletivo, pois são meios de transporte de atuação muito diferentes, e onde é impossível que o transporte coletivo substitua toda a liberdade de uso que só o transporte autônomo pode oferecer.
Para quem ainda não entendeu, uma breve comparação: quando precisamos do transporte autônomo ele está lá, na garagem, pronto para o uso, seja qual for o momento ou situação. Também nos permite uma mobilidade muito maior, alcançando pontos aos quais os transportes coletivos, por trabalharem com rotas demarcadas, não vão. No coletivo, ficamos à mercê de horários, pontos de parada, que podem ser perto ou muito longe de onde estivermos, e toda a sorte de azar que possa acontecer enquanto o transporte não passa, como as intempéries do clima e a insegurança. E isso fora os problemas de solução utópica, como exemplo a qualidade da frota disponível. Considerando esses fatores, é possível em sã consciência fazer essa troca só pelo fato de ser considerada politicamente correta?
Costumo dizer que o transporte coletivo deve atender principalmente a três públicos distintos: menores de idade, geralmente estudantes, que não possuem permissão para guiar veículos; as pessoas que não possuem condições financeiras para arcar com os custos de um veículo próprio; e por fim as pessoas que simplesmente vêem pra si o uso do transporte coletivo como vantajoso, a exemplo quem possui o direito do uso sem custos, geralmente idosos, deficientes, policiais.
Sendo assim, o que este texto propõe? Simples, que cada qual exerça sua liberdade de ir e vir do meio que entender por melhor. Quem quiser ir de carro, que assuma os poréns de seu uso. Sobre o entupimento das vias, é de responsabilidade dos Governos apresentarem soluções, para isso arcamos com pesada carga tributária.
Finalizando com chave de ouro, a titulo de comparação, seria muito mais interessante que o uso das motocicletas fosse mais incentivado. Geralmente são tão ou mais ágeis que os veículos, ocupam espaços muito menores e são de melhor mobilidade. Por estes requisitos, atendem melhor as necessidades de quem faz uso do automóvel.
Autoria: Luis Aires, Consultor em Trânsito
Texto infeliz, simplista, sem base em estudo e pesquisa, e sem fundamento na realidade social do Brasil ou de outros países. Se fosse uma redação do enem seria reprovada. É uma irresponsabilidade publicar um texto desses, que vai contra tudo que existe de mais avançado em termos de mobilidade sustentável, e se apresentar como consultor de trânsito.
ResponderExcluirUm lenço, por favore! Snif...
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